A mensuração, o posicionamento e a modelagem do espaço terrestre, de objetos, fenômenos e atividades geograficamente correlacionados tem sido uma necessidade humana há milênios.

A Arqueologia e a Historia nos contam quão antiga é esta necessidade trazendo aos nossos tempos mapas e registros antigos. São exemplos que podemos trazer a este texto o mapa babilônico de Ga-Sur (3800 a 2500 a.C) provavelmente representando a região da Mesopotâmia, os cadastros territoriais de Ramsés II (1290-1224 a.C) produzidos para o ordenamento fundiário e o planejamento no Egito, as primeiras medições de Erastóstenes (276-194 a.C), consideradas o princípio da Geodésia por realizar a primeira determinação da circunferência terrestre ou os tratados que compõem o Corpus Agrimensorum Romanorum, produzidos por Agrimensores (Gromáticos) como Agennio Urbico, Higino Gromático ou Sículo Flaco, cujos trabalhos a partir do primeiro século permitiram a recuperação das terras públicas e tributação em busca do equilíbrio econômico.

A ideia inicial do geo-referenciamento, que na atualidade vemos amplamente difundido por tecnologias como o GPS/GNSS e os atuais serviços baseados em localização (LBS), tem seu embrião nos estudos de Hipparco (190 - 120 a.C.) sobre as coordenadas geográficas e de Ptolomeu (127 e 150 d.C.) com o posicionamento de locais por coordenadas geográficas ao construindo seu Mapa Mundi.

A identificação e o inventário da propriedade imóvel, o Cadastro (imobiliário), no Egito antigo. Heródoto cita que a primeira grande regularização de impostos de propriedade baseada em levantamento e redistribuição da terra ocorreu por volta de 1700 a. C, no Egito.

Para os agrimensores egípcios (os escribas do cadastro), suas responsabilidades incluíam ainda manter uma estrutura cadastral sob a gestão do Estado, isso significava também restabelecer os limites das parcelas, obliterados pelas cheias do Nilo ou pela má fé de pessoas que removiam as estelas de barro (marcos dos limites fundiários). Mantendo a boa ordenação na ocupação do território, cabia-lhes o planejamento da produção de alimentos e a manutenção da paz no campo, avaliando a produção agrícola e os respectivos impostos.

No século XVIII o inglês John Harrison inventou um relógio preciso capas de determinar a hora a bordo de navios. Este relógio, batizado de cronômetro foi o instrumento capaz de solucionar o maior problema científico daqueles tempos: determinar a longitude referida a um meridiano de origem em terra. Assim, além de obter uma navegação mais segura, pôde-se começar a cartografar tanto os acidentes geográficos que causavam naufrágios, com grandes perdas de vida e recursos, como também melhor determinar as fronteiras das terras conquistadas além mar.

Da antiguidade para nossos dias, a evolução cientifico-tecnológica foi colocando ao nosso alcance diversos tipos de tecnologias para a orientação, mensuração e posicionamento. Nosso atual estágio valeu-se de teorias construídas por Galileu, Gauss, Newton, Einstein e muitos outros.

Com estes conhecimentos, deixamos da antiga escala de platina e fomos conduzidos a novos padrões onde a medição do deslocamento da luz no vácuo, numa pequena fração de segundo (1 / 299 792 45s), medida por bilhões (9 192 631 770) de períodos de radiação relativa a um estado do átomo de Césio 137 é a forma de definir o padrão do metro em suporte ciência e tecnologias atuais.

Nossa área do conhecimento dispõe hoje de combinações tecnológicas que envolvem satélites de posicionamento (GNSS), imageamento orbital e terrestre, sondas hidro acústicas, sistemas de varredura laser ou guiamento automático de veículos aéreos, terrestres e aquáticos não tripulados, os quais nos permitem mapear os limites legais de um simples terreno urbano, o fundo oceânico ou cartografar outros planetas com acurácia, riqueza de detalhes e frequência inimagináveis à cem anos.

Do espaço conseguimos medir pequenos deslocamentos e a frequência de pequenos movimentos em uma estrutura na Terra, locar a fundação de uma ponte de onde não se avista a beira do rio, manter uma plataforma petrolífera em posição ou mesmo coletar dados da saúde e localização de indivíduos numa plantação a poucas centenas de metros de altura com uso de uma aeronave remotamente pilotada (ARP/VANT) e retornar precisamente no local identificado, com outras máquinas para realizar ações necessárias à otimização da produção agrícola.

Sistemas computacionais, equipamentos e plataformas nos permitem coletar, processar, tratar e demonstrar informações espaciais de nosso interesse, combinando informações de épocas diferentes, gerando novos estudos, entendendo melhor o comportamento de sociedades, promovendo a melhor gestão de recursos em nossos municípios. As coordenadas que determinamos hoje, consideram 4 dimensões, não mais só duas ou três como algumas décadas passadas.

O Cadastro, campo de atividade importante nas sociedades primevas, adquiriu maior relevância atualmente sob uma perspectiva de multifinalidade, devido ao seu papel relevante para desenvolvimento econômico e preservação ambiental. O Brasil apenas principia nessa área da qual, temos como exemplo alguns programas governamentais como o Sistema de Gestão Fundiária (SIGEF), Sistema Nacional de Gestão de Informações Territoriais (SINTER) e o Cadastro Ambiental Rural (CAR). Vários outros sistemas de informação geográfica se integram através do Sistema Geodésico Brasileiro (SGB) e de politicas como a Infraestrutura de Dados Espaciais (INDE).

É neste vasto mundo da Agrimensura e Cartografia (ou Geomática), da informação espacial contemporânea, que nos posicionamos com a GEOVECTOR Engenharia Geomática.

Concebemos meios, capturamos, processamos e tratamos; modelamos, organizamos e disponibilizamos informações espaciais de forma confiável, eficiente e adequada a cada usuário.

Com estas informações espaciais podemos ampliar seu entendimento e poder, agregando valores aos seus empreendimentos, sejam eles: a regularização do terreno de sua casa, de sua fazenda, os levantamentos topográficos e acompanhamentos dimensionais de sua obra ou o posicionamento altamente acurado para um acelerador de partículas.